"Falar muito de si mesmo pode ser também um meio de se esconder."





quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010



Quem quer ir só?

Quem quer viver só?
Quem quer passar a vida sem compartilhar os melhores momentos com alguém?
Ninguém.
Mas, também, se a recíproca não for verdadeira, de que adianta?
Não quero. Não preciso.
Continuo meu caminho.
Quando der para agregar... agregarei.
Quando precisar deixar... deixarei.
Cada vez que um sair da minha vida, minha felicidade diminuirá um pouquinho, mas aumentará cada vez que eu tiver mais um ao meu lado... e só se apagará quando EU for.


"Minha solidão não tem nada a ver com a presença ou ausência de pessoas… Detesto quem me rouba a solidão, sem em troca me oferecer verdadeiramente companhia…"

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

TRABALHO

Atualmente, você trabalha mais ou se diverte mais?
Não viver no ócio ajuda o corpo e a mente. Mas, e quando o trabalho te faz perder as noites de sono?
Quando o prazer se transforma em trevas e você não se sente mais útil como antigamente? O que fazer?
A primeira frase que me vem à mente é: - Eu preciso do trabalho.
Infelizmente não por causa do ócio, mas sim por causa do dinheiro.
Com as doenças do século XXI, as cobranças são outras. O pensamento é outro. As ações são outras.
O mundo cresceu, evoluiu. A tecnologia veio para nos servir e na realidade somos escravos da nossa própria criação. Criamos algo para termos mais tempo e menos trabalho, e o que se vê na realidade é o oposto.
Me iludi.
No primeiro dia sonhei em ser artista. No outro quis colocar pra fora todo o meu talento. No terceiro dia vi que o capitalismo quase me engoliu. Decidi então mudar minha estratégia, enganar o sistema. E não é que no quarto dia acreditei ter ludibriado o mundo? Estava em êxtase. Mas fui friamente desmascarado no dia seguinte e novamente o chão se abriu. Hoje, no sexto dia, continuo a pensar. Bolar outras formas de matar quem me mata, enganar o que não pode ser enganado. Pra então, poder descansar em paz no último dia.

"Uma pessoa continua a trabalhar porque o trabalho é uma forma de diversão. Mas temos de ter cuidado para não deixarmos a diversão tornar-se demasiado penosa."

sábado, 13 de fevereiro de 2010

SER

Chega uma fase que não tem como escapar.
Está cada vez mais difícil seguir em frente e admitir.
Encarar os fatos nunca foi tão complicado.
A responsabilidade sobre os atos. A ação que pode desencadear. As decisões a serem tomadas são maiores que nós mesmos.
Está na hora.
Podia ser diferente, mas o sinal do tempo insiste em lembrar que ele está aqui, ao meu lado.
Cresci o suficiente, mas não para me tornar um homem. Necessário.

"Torna-te quem tu és."

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

LEMBRANÇAS

De um clube 'só para menin
os', nossos churrascos mensais 'saiam' de recursos próprios , ou seja, trocos que nossas mães nos davam, ou de pequenos furtos dos trocos que elas insistiam em não nos dar.
O Supermercado também fazia sua parte 'gentilmente cedendo' alguns saquinos de suco em pó e bolachas doces para a sobremesa. Lógico que ao saírmos, na tentativa de disfarçar, a única pergunta inteligente era: - Oi, você tem água destilada para bateria de carro? Óbvio que a resposta era sempre negativa.
Mais tarde, 'o troco' viraria um refrigerante pequeno que seria dividido por duas pessoas desfilando de brinco com crucifixo pelo shopping, seguido de uma imitação barata de alguém com problemas m
entais para atravessar uma das avenidas mais movimentadas por onde passávamos.
Tacar limo das calhas dos telhados nas pessoas, 'passar' um amigo menor na 'jaca', apertar a bochecha de outro amigo com um alicate, pegar dinheiro de familiares para jogar vídeogame
no bar, roubar revistas pornos dos outros, atirar com arma de chumbo em pombas e rolinhas...
Uma época que a inocência fazia parte da vida. Sinto falta.


"As épocas marcantes da nossa vida são aquelas em que adquirimos a coragem de considerar como o nosso melhor aquilo que em nós há de mau."

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

FORTALECER

Às vezes me pergunto:
- Por que desci um degrau?
- Por que tenho de passar por isso?
- Por que?
A resposta nunca é tão rápida. Sempre reclamo muito, luto contra os monstros (muitas vezes internos) e acabo por piorar meu próprio dia-a-dia.

O aprendizado não foi concluído em algum ponto, e para continuar ascendendo, temos de pegar mais impulso, se fortalecer, criar cascas na sola do pé.

Sou do tipo que não precisa bater a cabeça da parede para saber se dói ou não. Sou daquele tipo que não é movido por impulso.

Por isso, quando tenho de dar um passo para trás, a incompreensão é maior. Tudo é mais intenso, tudo fica mais tenso, tudo vira raiva.

Demora um pouco pra eu me levantar do tombo, pra eu compreender, me re-erguer e seguir em frente. Triar o que me fez bem e o que me fez mal. Agir com maturidade e levar adiante somente o que me serve.

A cada dia me fortaleço, mas isso só quando me permito crescer. Evoluir.

"Tudo aquilo que não me mata, me torna mais forte.
Se não me matou, me derrubou, eu levanto mais forte”.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

JUSTIÇA
Libriano que sou, a justiça sempre teve um peso diferente, da mesma maneira que a vingança também pesa de outra forma.
Mas o 'ser justo' é muito subjetivo. O 'fazer justiça' está diretamente ligado com o velho jargão 'entre o bem e o mal', à luta entre certo e errado, e principalmente à questões culturais.
Em linhas gerais, ao que eu chamo de 'justiça da troca' talvez pese de maneira demasiada à outras questões do gênero.
A troca do 'eu te dou isso se você me der aquilo!' é tão justa quanto os envolvidos assim o acharem. É o que vale a pena pra ambas as partes.
Quem saiu perdendo e quem saiu ganhando nessa? Onde está a justiça?
Essa eu sei! Está no mesmo buraco do peito que abriga a desilusão, a dúvida e as mágoas.
É algo imensurável, irreal e nunca estará diretamente ligado a verdade.
Ao invés de alimentar a vingança e a sede de justiça, apenas confie. Apenas confie.
Faça ser justo por si só.
Injustiçado? Não reclame... mude e não deixe mais que aconteça. Aprenda!


"O direito vai originalmente até onde um parece ao outro valioso, essencial, indispensável, invencível e assim por diante.
Nisso o mais fraco também tem direitos, mas menores. Daí o famoso 'unusquisque tantum juris habet, quantum potentia vale' [cada um tem tanta justiça quanto vale seu poder] (ou, mais precisamente: 'quantum potentia valere creditur' [quanto se acredita valer seu poder])."

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

VENCER!

De todas as guerras, a pior luta é a com você mesmo.

Controlar sentimentos e ações, calcular prós e contras, colocar na balança sua vontade e deixar que ela não pese muito mais que a moralidade. Difícil. Penoso. Aprendizado glorioso.
Se eu tivesse todas as respostas, não teria o porque de estar aqui. Não teria o porque de ter esse divã para 'vomitar' meus anseios e receios.
Sou mais um aprendiz da vida, divagando por aí com minhas neuroses, minhas lutas internas e externas. Brigando com o meu bem. Vencendo o meu mal.
Encarar com maturidade a disputa diária por migalhas, por títulos, por troféus desbotados e sem valor, na única esperança de levar o aprendizado final. A moral de toda a história.
Deixar de lado a artilharia inimiga que tenta te derrubar, e entender a si mesmo.
Voltar ao meu centro e ser racional.
Olhar tudo e todos na terceira pessoa. Inclusive eu.
Deixar a guerra de mentiras e encarar a verdadeira luta. Não abandonar minhas vontades, mas, sem deixar que escoe pelos dedos todo meu aprendizado.
Parar de lutar em vão.
Não deixar me contaminar.

"O que digladia com monstros deve cuidar para que, na luta, não se transforme também em monstro. Quando tu olhas, durante muito tempo, para um abismo, o abismo também olha para dentro de ti."